Fabricante americana Sikorsky projeta dobrar fornecimento de aeronaves, principalmente de grande porte
André Vieira, enviado especial a Macaé (RJ) | 21/01/2011 05:52
S-92, a aeronave de grande porte da Sikorsky: capacidade de voo para vencer a distância até o pré-sal
Representantes do setor de helicópteros estão confiantes no crescimento da frota contratada pela Petrobras para atender o crescimento da demanda gerada pelo pré-sal.
“O Brasil é provavelmente o maior mercado potencial no curto prazo, principalmente na área de apoio às atividades de exploração offshore de petróleo”, diz Marcos de Souza Dantas, diretor-gerente da Powerpack, empresa que representa os negócios da fabricante americana Sikorsky no Brasil. “A expectativa é que haja no mínimo uma duplicação da frota atual, com um foco maior no de grande porte”.
Nos últimos tempos, a Sikorsky vendeu no mercado brasileiro seis aeronaves S-92, helicópteros de grande autonomia e porte que acomodam mais de 18 passageiros. De acordo com Dantas, a Sikorsky tem planos iniciar a expansão de sua presença no país para poder melhor apoiar a crescente frota de helicópteros civis e militares.
Diante da ampliação da demanda, as empresas que operam serviços de helicópteros e possuem contratos com a Petrobras estão se esforçando em ampliar seu quadro de pilotos. A BHS (Brazilian Helicopters Services), uma subsidiária da canadense CHC, a maior operadora de helicópteros do mundo, tem cerca de 60 pilotos e co-pilotos no País, número que deverá chegar a 130 nos próximos anos. “Vamos dar um salto nos próximos três a quatro anos. Mas o que preocupa hoje é a falta de gente especializada”, diz Décio Galvão, diretor-executivo da BHS.
Foto: Fabrizia Granatieri Ampliar
Simulador de voo de helicóptero: investimentos da BHS para capacitar pilotos
Com três bases instaladas em Macaé, Jacarepaguá e Cabo Frio, todas no Estado do Rio, a empresa tem conseguido reforçar seu quadro de pilotos atraindo com profissionais da aviação civil, empresa rivais, das Forças Armadas e ajudando na formação de jovens. Instalou, por exemplo, um simulador de voo, um equipamento avaliado em US$ 300 mil.
A BHS tem trazido instrutores estrangeiros do exterior para dar aulas. No entanto, a legislação permite que os professores estrangeiros fiquem apenas três meses, e o custo de manter um instrutor é considerado alto pela empresa. “Cada um custa US$ 30 mil a US$ 40 mil por mês”, diz Galvão. Para tentar reduzir os custos, a empresa estuda fechar parceria para criação de uma escola de professores de pilotagem de helicópteros com outras operadoras de serviços aéreos a fim de capacitar os pilotos que atenderão a demanda do pré-sal.
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