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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Aviação civil testa bioquerosene.

A primeira aeronave comercial em operação no Brasil e na América Latina a voar com bioquerosene decolou na última segunda-feira, 22 de novembro, no Rio de Janeiro (RJ), com 50% do biocombustível misturado ao querosene de aviação em uma de suas turbinas. O Airbus A320 partiu do Aeroporto Galeão (RJ) sem passageiros, voou 45 minutos e retornou ao ponto de partida. O bioquerosene utilizado foi produzido com óleo de pinhão manso fornecido pala Associação Brasileira de Produtores de Pinhão Manso (Abppm).
O transporte aéreo mundial é responsável por cerca de 2% dos gases de efeito estufa liberados na atmosfera. O uso de combustível renovável é uma opção para reduzir essas emissões. Segundo a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), o pinhão manso é uma das três matérias-primas mais promissoras do mundo para a aviação. A previsão é de que esse biocombustível seja incorporado ao cotidiano aeronáutico dentro de cinco anos.
O pinhão manso (Jatropha Curcas L.) é uma oleaginosa (vegetal rico em óleo) da família das Euphorbiaceas e é considerada pelo Plano Nacional de Agroenergia (PNA), matéria-prima potencial para a produção de biocombustíveis. Segundo o coordenador-geral de Agroenergia do Ministério da Agricultura, Denilson Ferreira, é prioridade entre as espécies com potencial para a agroenergia e o governo federal vem buscando obter o domínio tecnológico necessário. “Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento do pinhão manso se justificam pelo fato de se tratar de uma espécie perene, que possibilitará obter mais energia da planta, em razão do elevado teor de óleo e potencial produtivo, além das características físico-químicas adequadas à produção de biocombustível”, destaca o coordenador de Agroenergia.
Ferreira informa ainda que, entre as principais ações do governo federal para a domesticação da cultura, estão os investimentos em pesquisa e desenvolvimento dos ministérios da Agricultura e da Ciência e Tecnologia e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O coordenador citou também o 1º Congresso Brasileiro de Pesquisa em Pinhão Manso, realizado no ano passado. Ele destaca o investimento de R$ 6,8 milhões em projetos de formação do Banco Ativo de Germoplasma, coordenado pela Embrapa Agroenergia, o que garantirá maior número de variedades da espécie disponíveis no mercado.
Aliança
Em maio deste ano, foi formada a Aliança Brasileira para Biocombustíveis de Aviação (Abraba), composta por empresas aéreas e de pesquisa, produtores de biomassa e fabricantes aeronáuticos, visando ao desenvolvimento e à certificação de biocombustíveis sustentáveis para a aviação.
A Abraba acredita que a utilização de combustíveis renováveis produzidos a partir de biomassa é fundamental para manter o crescimento da indústria de aviação em uma economia de baixa emissão de carbono. A reconhecida capacidade do Brasil em desenvolver fontes energéticas alternativas, aliada ao conhecimento das tecnologias aeronáuticas, resultará em significativo ganho para o meio ambiente, minimizando o impacto sobre o desenvolvimento econômico.

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